Homenagem aos 88 anos do PC do B reúne FPA no plenário da Aleac
Com a participação de representantes de todos os partidos que compõem a Frente Popular do Acre, o PC do B comemorou nesta quinta-feira, 25, os 88 anos da fundação do partido. Graças à iniciativa conjunta dos parlamentares da base de apoio e de oposição ao Governo, o ato político, que deveria ser realizado no auditório da Casa, foi transferido para o plenário e teve o formato de uma sessão solene.
Aniversário do PC do B Acre com seus militantes.
O presidente da Aleac e do Comitê Regional do partido no Acre, deputado Edvaldo Magalhães, comandou a Mesa de Honra que teve como convidados o prefeito em exercício de Rio Branco, Eduardo Farias, a deputada federal comunista Perpétua Almeida, a fundadora do partido no Estado, Rita Batista, a jovem comunista Renata Caroline, 16 anos, revelação da União da Juventude Socialista, o deputado Helder Paiva, do Partido Republicano e primeiro vice-presidente da Mesa Diretora, o vereador Jessé Santiago (PSB), presidente da Câmara de Vereadores da capital e representando, o presidente regional do PT, Leonardo Brito, e Diego Oliveira, representante do chamado G8, o grupo de partidos composto pelo PR, PRP, PTN, PSDC, PHS, PTC, PRB e PTB.
O Salão do Povo Marina Silva ficou totalmente ocupado por convidados e militantes comunistas de todas as cidades acreanas, bem como por dirigentes sindicais e representantes do movimento social. Ao final da solenidade o PC do B serviu um bolo vermelho no Salão Azul da Aleac.
Moisés Diniz: “Deus também protege nossa ideologia”
Ex-seminarista, o deputado Moisés Diniz (PCdoB), líder do Governo na Casa, leu discurso pelos 88 anos do partido, lembrando que os comunistas, ao contrário do pensamento comum, também rezam e oram. “Deus não é propriedade da Opus Dei ou dos teólogos. Deus também faz parte das nossas orações e até protege a nossa ideologia”, afirmou.
Moisés lembrou que os 88 anos da fundação do partido causam orgulho pelo tempo de luta e de resistência, mas também remorso pelos que caíram pelos que verteram sangue inocente nas lutas do povo brasileiro, na guerrilha e na luta dos sem-terra, indígenas, negros, dos religiosos combatentes, dos camponeses e daqueles que não viram o seu filho crescer.
Edvaldo: “construímos um caminho novo congelando as arengas”
Presidente da Aleac e do Comitê Regional do PC do B, o deputado Edvaldo Magalhães, fez pronunciamento na comemoração dos 88 anos de fundação do partido destacando a importância da unidade da Frente Popular na construção de um caminho novo na política do Acre. “A gente precisa refletir como foi possível um partido que pensa e se organiza como o nosso chegar a ocupar espaços tão expressivos na política do Acre, com dez vice-prefeitos, uma gama de vereadores, deputados e sindicalistas. Como foi possível?”, questionou.
O próprio Edvaldo respondeu, comentando pronunciamento feito anteriormente pelo ex-governador Jorge Viana (PT). “Foi pelo acerto da política em 1990. Naquela época qualquer analista político de fundo de quintal que constrói projetos pensando apenas no próprio umbigo, jamais pensaria em construir um caminho novo. Aí apareceu um jovem que nunca tinha se envolvido em uma batalha eleitoral, o companheiro Jorge Viana, pegamos nossos sonhos e ousadias e congelamos nossas arengas para pensar no novo caminho”, rememorou.
O presidente relatou as vitórias e as derrotas encontradas nessa trajetória e destacou que a principal contribuição do PC do B nesse projeto foi o de zelar pela unidade da Frente Popular do Acre. “Quando a gente utiliza a palavra unidade, não é de boca para fora. Esta palavra faz parte da formação de nosso partido. Em todos os documentos escritos por João Amazonas está registrado que a unidade é a chave da vitória”, comentou.
O PC do B, de acordo com Edvaldo, tem conseguido zelar pela unidade porque a considera como um dever e, para tanto, precisa saber renunciar. “Soubemos nos posicionar para crescer e conquistar espaços, como bem expressaram aqui nossos aliados quando se referiram ao nosso partido”, afirmou.
Edvaldo agradeceu ao ex-governador Jorge Viana por contribuições que deu contendo arengas dentro do próprio PC do B em reuniões nunca antes relatadas em público. “Nós nunca comentamos em jornais que Jorge Viana evitou que nosso partido cometesse equívocos”, disse, lembrando que o ex-governador ensinou aos comunistas que não bastava governar o Acre com projetos e recursos sem mudar a política do Estado.
“É por isso que conseguimos mudar a política e que nossas forças mais progressistas hoje ocupam espaços em todos os municípios. Que sindicalistas como Adamor e índios, como o cacique Joel Poyanawa pudessem ser vereadores”, comentou.
Para concluir, Edvaldo conclamou a militância comunista na plateia para não se importar com o tamanho dos desafios, pois o PC do B não tem pressa. “Muitos que se apressaram abandonaram o barco e agora não conseguem encontrar o caminho novo”, disse.
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