12° Congresso do PCdoB

Um programa socialista para mobilizar os trabalhadores

O Partido Comunista do Brasil está em processo de Congresso. Será o 12°, e foi convocado em junho pelo Comitê Central, e a sessão final será em São Paulo, de 5 a 8 de novembro.

O Congresso ocorre num momento de vigor para o partido, que cresce e vê sua influência social e política se ampliar. É uma realidade acompanhada de mudanças no próprio partido, necessárias para dar conta de um número de filiados recorde (são 240 mil) e para enfrentar os desafios contemporâneos, no mais longo período de legalidade comunista (já são 24 anos, desde 1985, e é o maior desde a fundação, em 1922).

O Congresso vai atualizar o programa, acentuando a opção por um socialismo com cara de Brasil. Vai aprovar também uma política de quadros para abarcar os 20 mil dirigentes, de todos níveis (distritais, municipais, estaduais e nacionais), e fazer algumas mudanças no Estatuto do partido.

O 12° Congresso vai ser também o maior da história do partido. O objetivo é envolver, no debate organizado das teses, pelo menos 100 mil militantes, que escolherão os delegados das conferências municipais e estaduais e para o Congresso, que terá cerca de mil representantes do coletivo partidário.

Falando sobre a renovação programática, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, enfatizou a definição da tática (isto é, do caminho) para a transição ao socialismo. Ela precisa, disse, estar baseada em ideias conclusivas e objetivos claros. É preciso delinear em seus traços mais importantes o caminho a ser percorrido, deixando clara a relação entre ele e o objetivo maior, entre a tática e a estratégia. O programa, disse, “deve ser um fator mobilizador do Partido e dos trabalhadores’’.