segunda-feira, maio 03, 2010

Frente Popular une as mãos e põe os pés no chão




As eleições deste ano na Frente Popular terão os “pés no chão e as mãos dadas para uma nova caminhada”. Foi esta a mensagem principal passada aos dirigentes e militantes, ontem, no Parque das Acácias, no ato de lançamento da chapa majoritária da coligação. O encontro foi uma espécie de reunião ampliada do Conselho Político da FP que contou com a presença de deputados estaduais, federais, prefeitos, vereadores, dirigentes políticos e militantes partidários.

A chapa é formada por Tião Viana (PT), candidato a governador; César Messias (PP), vice; e Jorge Viana (PT) e Edvaldo Magalhães, candidatos ao Senado. Os suplentes desses dois são Nilson Mourão (PT) e Gabriel Maia (PSB), de Jorge Viana; e Júlio Eduardo (PV) e Carlos Beirute (PTB), de Edvaldo Magalhães. A Frente Popular, composta por 14 partidos, de acordo com o coordenador do conselho político, Nepomuceno Carioca, conseguiu formar um time titular visando disputar as eleições majoritárias. E depois de um exaustivo debate, que não deixou fissuras, chegou-se a essa formação.

O ex-governador Jorge Viana fez o discurso mais esperado e aplaudido da manhã.

Relembrou a trajetória vitoriosa da frente em Rio Branco e no Acre desde sua fundação em 1990 e assegurou que está voltando à política como candidato depois de ouvir as pessoas. “Eu não estou pedindo para ser candidato. Fiquei quatro anos fora do poder, sofri muito com isso, minha família viveu privacidades, mas agora onde ando as pessoas pedem que eu volte e estou aceitando esse desafio”.

Para Jorge Viana, a lealdade tem que ser um elemento central na política. Ele lembrou a lealdade por inúmeras vezes, durante o discurso, sempre que se referia ao presidente do PCdoB e da Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães, colega de chapa para o Senado. Nos oito anos em que governou o estado, Jorge Viana tinha como líder na Aleac o deputado Edvaldo Magalhães. “Este sempre foi leal a mim, ao governo e à Frente Popular, por isso foi convocado para ser candidato a senador ao meu lado e tomar de volta a vaga de senador que foi tirada de nós”.

O ex-governador se referia ao senador Geraldinho Mesquita, eleito pelo PSB da Frente Popular, e que depois foi para o Psol e hoje está no PMDB. Jorge Viana destacou também que “a riqueza da Frente Popular está em suas diferenças. É nessas diferenças que representamos a diversidade do povo do Acre”.

Binho destaca unidade e chama à vitória

A unidade da Frente Popular deu o tom na fala de Binho Marques (PT). O governador tem dado a maior demonstração de humildade em todo esse processo de formação da chapa majoritária, na opinião de dirigentes da coligação. “Nós temos nessa chapa pessoas altamente comprometidas com o Acre, com o desenvolvimento do nosso estado, com a vida das pessoas”, destacou.

Binho reconheceu que estava ali muito emocionado. Ressaltou que não conhece nenhum estado onde o ex-governador, o atual e o que pode ser eleito, estejam juntos na mesma sintonia e no mesmo desejo. “Não é fácil um projeto político se manter unido por 20 anos, e nós estamos aqui no Acre, esse encontro aqui é a maior prova disso”, frisou.

Tião Viana vai combater a pobreza

O senador Tião Viana (PT), pré-candidato a governador pela Frente Popular defendeu que é preciso romper com a pobreza e reduzir as desigualdades no Acre, o Estado da Florestania. “Temos que combater a pobreza”, repetiu.

Tião Viana convidou os militantes e as lideranças da Frente Popular para continuar trabalhando para melhorar a qualidade de vida do povo acreano. Ele afirmou que o desafio principal é romper com a pobreza, reduzir as desigualdades sociais e trabalhar pelo desenvolvimento do Acre. “Temos que continuar trabalhando pelo projeto que faz do Acre o Estado da Florestania. Muitos desafios foram vencidos, mas precisamos avançar. Temos que combater a pobreza, reduzir as desigualdades e trabalhar para que todos tenham uma vida melhor”, ressaltou.

Tião Viana ressaltou ainda a importância da continuidade do projeto iniciado pelo presidente Lula, afirmando que a melhor proposta para o Acre é da ex-ministra Dilma Rousseff. “A Dilma representa o melhor projeto. O Serra não terá um olhar para a Amazônia e nem para o Sertão. Mas a Dilma tem um carinho especial por todo nosso país. Temos uma dívida com o Lula e por isso, devemos garantir a continuidade do projeto”, afirmou.
Edvaldo arranca aplausos da militância

O deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) teve o discurso interrompido por diversas vezes pelas palmas dos presentes ao parque das Acácias. Numa delas, a mais efusiva, foi quando disse que o governador Binho Marques poderia ser reeleito ou eleito senador se quisesse, mas preferiu um gesto de humildade e de grande contribuição ao projeto da Frente Popular, quando decidiu concluir o mandato e coordenar o processo de sucessão dele mesmo.

O presidente do Aleac fez uma menção especial à Marina Silva (PV). Ele lembrou a fala da senadora quando ela disse, ao trocar o PT pelo PV, que estava mudando de lado, mas não deixando o barco da Frente Popular. Essa referência foi para citar a importância do PV que está na primeira suplência dele como o médico Júlio Eduardo. Por último, Edvaldo afirmou que não será um candidato a senador do PCdoB, mas da Frente Popular. “Serei um candidato das causas coletivas, dos anseios do nosso povo. A partir de hoje eu deixo de ser o candidato do PCdoB, da militância do meu partido, para ser o candidato da Frente Popular”.

A Frente cuida das pessoas, disse Angelim Anfitrião do encontro por ser o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim (PT) lembrou que a Frente Popular foi criada e é um projeto vitorioso há muitos a nos, não porque administra o Acre, mas porque cuida da vida das pessoas, com os pés no chão, mas a cabeça nas nuvens pensando grande e alcançando as vitórias. Sobre o senador Tião Viana, pré-candidato a governador, Angelim destacou que foi o melhor senador do Acre que passou por Brasília, “e será ainda melhor como governador”,

previu.
Quanto a Jorge Viana, o prefeito de Rio Branco disse que “ele não basta ser eleito senador, ele tem que ser o senador mais votado da história do Acre porque nós temos uma grande dívida com ele. O Jorge Viana fez do Acre o nosso maior orgulho, ele mudou conceito, sentimentos e nós temos que dar essa vitória maiúscula a ele”. Com relação a Edvaldo Magalhães, o segundo pré-candidato a senador da coligação, Angelim assegurou que nunca da história da Frente Popular a coligação teve um parlamentar tão leal da envergadura do deputado do PCdoB.


César destaca democracia
O vice-governador César Messias destacou que os nomes da chapa majoritária da Frente Popular foram escolhidos a partir de um processo democrático e com muito diálogo. Para ele, a Frente Popular vem dando passos importantes para continuar o projeto de desenvolvimento do Acre, garantindo uma vida melhor para a população acreana.
“O Tião é um orgulho para todos nós. No Senado tem exercido um papel fundamental. Um dia está discutindo os problemas do Brasil e no outro está em Santa rosa do Purus. Ele conhece o Acre e as necessidades do nosso povo”, ressaltou.
Messias elogiou ainda a postura de Edvaldo Magalhães, afirmando que o comunista tem sido leal e importante ao projeto da Frente Popular, participando das grandes decisões e dos projetos que mudaram a história do Acre.

Fonte: jornalatribuna.com.br

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