A luta pela democratização dos meios de comunicação
Mesmo com a sabotagem patronal e tucana, a Conferência já é uma vitória
Camaradas a 1ª Conferência Estadual de Comunicação será realizada em Rio BrancoA nos dias 30 e 31, na Usina de Artes João Donato, é importante a sua participacao procure se viabilizar para que voce possa contribuir com o debate. E quem sabe participar nos dias 1, 2 e 3 de dezembro, em Brasília, da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Mais de mil delegados deverão participar do evento, que será precedido por etapas municipais e estaduais em quase todo o país. Convocada pelo presidente Lula, a Confecom tem enorme significado. Pela primeira na história do Brasil a sociedade é chamada a discutir o papel da mídia – que hoje faz “corações e mentes” de milhões de pessoas, manipulando informações e deformando comportamentos.
A meia dúzia de famílias que domina o setor fez de tudo para evitar a conferência e para manter intocado seu poder ditatorial de influência na sociedade. Derrotados, os barões da mídia tentaram castrar o temário e restringir a participação dos movimentos sociais.
Mesmo assim, a Confecom já é uma vitória. Ela permite que milhares de pessoas percebam que a comunicação é um direito humano e um requisito para o avanço da democracia. Da mesma forma que a água suja que sai da torneira faz mal á saúde, a comunicação contaminada também prejudica a sociedade.
A Confecom fará um diagnóstico dos atuais danos causados pela mídia altamente concentrada e descaradamente manipuladora. Além disso, ela apontará políticas públicas para democratizar os meios de comunicação. Algumas propostas avançadas estão em debate. Entre elas, a da inclusão digital, com o barateamento dos computadores, banda larga e internet gratuita; a do estímulo às rádios comunitárias, permitindo que as comunidades construam seus próprios veículos; e a do fortalecimento da rede pública de televisão, que não esteja vinculada aos interesses de mercado.
A possibilidade histórica de conquistar avanços na área da comunicação meteu medo nos barões da mídia e em alguns dos seus fiéis aliados. O governador José Serra, que vive usando os cofres púbicos para financiar estes veículos (revista Veja, Globo, Folha, Estadão) e que, em troca, é protegido pela mídia, não convocou a etapa estadual. Outra tucana, a governadora Yeda Crusius, que está mais suja do que pau de galinheiro, também boicotou a conferência. Mesmo assim, a sociedade conseguiu furar os bloqueios e fará o debate sobre o tema.
O desafio agora é garantir ampla participação na Confecom dos sindicatos, entidades estudantis, associações de moradores, pastorais da igreja e de outros setores para conquistar avanços nesta área estratégica. Só com intensa pressão da sociedade será possível derrotar a ditadura da mídia, que serve aos interesses das elites privilegiadas, e conquistar mais democracia e pluralidade nos meios de comunicação do Brasil.
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