Em sabatina no rádio, Edvaldo defende projeto da União
O comunista Edvaldo Magalhães (PCdoB) foi o segundo pré-candidato às eleições do Senado a ser sabatinado no quadro Boca no Microfone, programa Toque&Retoque apresentado por Eliane Sinhasique e Liano Jr. na rádio Gazeta FM, 93.3 MHz, na tarde desta terça (08).
Com 44 anos de idade, casado com a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), pai de 02 filhos, Edvaldo defendeu o projeto de união. Para ele, o Senado da República não pode ser a representação de uma parte, “mas a representação do todo”. Na entrevista, ele não deixou de alfinetar a oposição, que na sua visão, “não consegue sentar-se à mesa para tomar uma coca-cola”.
- Tenho lado, mas sei a importância do processo democrático – acrescentou o presidente da Assembléia Legislativa do Acre.
Analisando a construção de sua candidatura, Edvaldo disse que não houve problemas nem dentro de sua própria casa. Em resposta as criticas da oposição que falam de uma chapa majoritária imposta de cima para baixo, deixou claro que as candidaturas foram a maior conquista que o Acre já teve.
- Nos tempos que o Acre vivia numa briganhada política, o primeiro a perder era o povo acreano – disse.
Edvaldo afirmou ainda que na Frente Popular a arenga é colocada em segundo plano, para ele é preciso gastar energia na busca do desenvolvimento, um projeto que segundo o comunista, trouxe prosperidade para o Estado.
- E estamos vivendo esse momento de muita prosperidade, discutindo, abordando e consolidando essa chapa na convenção de quinta-feira (10), depois dialogando com o nosso povo, unindo o Acre de ponta a ponta e um senado com bancada unificada para a defesa dos interesses do povo acreano.
O presidente da Assembléia criticou a demora da oposição em consolidar seu projeto de caminhada para o governo e para o senado. Para Edvaldo, as diferenças entre os partidos de oposição tem dificultado o próprio debate.
- Porque a Frente conseguiu construir um caminho de conduzir-se na política do Acre, com duas marcas: a renovação política e a união que apresenta as candidaturas majoritárias de forma natural. Queremos que a oposição encontre o seu caminho - voltou a alfinetar.
Edvaldo diz que seu nome surgiu no cenário após a desistência de candidatura da senadora Marina Silva (PV-AC), tendo sido convidado pelo conjunto de partidos.
- Quero ser o candidato da união da política do Acre, porque o senado unificado tem muito mais condições de ajudar no projeto de desenvolvimento do que fazendo do espaço do senado, um lugar de disputas - argumentou.
Citando a experiência do projeto Assembléia Aberta, Edvaldo manifestou seu desejo de valorizar a força comunitária do Estado [o que Binho Marques chama de empoderamento da sociedade], que o pré-candidato assegura potencializar, uma vez eleito.
- Temos que potencializar essa força viva e acho que nós estamos vivendo no Acre hoje, um momento extraordinário. Depois que fortalecemos o setor público, fizemos os grande investimentos em infra-estrutura, qualquer projeto de desenvolvimento tem que contar com o talento das pessoas - opnou.
Edvaldo anunciou um tempo de colheita, com o projeto de industrialização, que em sua concepção, “não pode perder tempo com coisas pequenas, mas com propostas coletivas”.
Citando sua passagem pela Assembléia Legislativa, o presidente disse que trabalhou pela consolidação do processo novo surgido a partir da liderança do ex-governador Jorge Viana (PT), focando sua gestão em três eixos principais: a superação dos debates políticos com o deslocamento do poder e a proximidade das comunidades [a saída do poder do casulo – Assembléia Aberta]; Politica de integração regional; e a mediação de conflitos através do parlamento.
Para o deputado simbolo do comunismo no Acre o maior projeto é o de fortalecimento da Frente Popular e do estado de harmonia que conclui a etapa de infra-estrutura e entra para era da Industrialização.
- O Acre não será fim de linha, seremos até o final do ano saída para o pacífico, portanto, qualquer projeto tem que pensar nessa geo-política. Vamos defender a Zona de Processamento da Exportação (ZPE), nosso pré-candidato Tião Viana tem priorizado a ZPE como fundamental. Esse projeto vai nos levar aos mercados consumidores, com perspectivas grandes para o Acre – conclui o pré-candidato.
Jairo Carioca – Da Redação de ac24horas
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